Quem tudo quer, tudo perde!


Nos últimos séculos de ocupação e transformação da paisagem natural das ilhas açorianas, na ânsia de tudo querer, eliminámos as protecções naturais que os nossos solos necessitam. Basta recordar como as nossas estradas se transformam em ribeiras castanhas durante fortes chuvadas. São volumes significativos de nutrientes e de solo que são arrastados para o mar. O que numa década pode parecer imperceptível, já o será num século. Já cá estamos há alguns séculos. A memória é curta e as máquinas fotográficas são recentes. Mas as evidências serão cada vez maiores. Teremos a ganhar investindo na criação de bordaduras com biodiversidade nos nossos campos, que se pretendem produtivos para as próximas gerações. Sem solo, restar-nos-à rocha e mar.